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Tradições
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Tradição de cabo verde

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Funana

O funaná é um género musical e de dança originários de Cabo Verde

 

História

O funaná é um género musical relativamente recente. Segundo a tradição oral, o funaná surgiu quando, numa tentativa de aculturação, o acordeão teria sido introduzido na ilha deSantiagi no início do século xx , para que a população aprendesse géneros musicais portugueses. O resultado, no entanto, teria sido completamente diferente: seria a criação de um género novo e genuíno. Não existem no entanto, documentos musicológicos a corroborar isso. Mesmo assim, não deixa de ser curioso o facto de, mesmo sendo um género musical totalmente diferente, o uso da gaita e do ferrinho no funaná é análogo ao uso do acordeão e dos ferrinhos em certos géneros musicais portugueses

 

 

Como dança

Como dança, o funaná é dançado aos pares, com os executantes com um braço enlaçando o parceiro, enquanto que com o outro braço mantêm as mãos dadas. A dança é efectuada imprimindo rápidas e fortes flexões alternadas de cada um dos joelhos, marcando os tempos do compasso. No modo de dançar mais rural, os corpos estão ligeiramente inclinados para frente (havendo contacto nos ombros), e os pés levantam-se do chão. No modo de dançar mais urbano, mais estilizado, os corpos estão na vertical (havendo contacto na zona peitoral), e os pés arrastam-se pelo chão

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Funaná kaminhu di férru

Esta é a variante mais conhecida do funaná. Geralmente quando se emprega apenas a palavra «funaná», refere-se a esta variante que obteve maior sucesso, sobretudo a nível de dança. Trata-se de uma variante que faz lembrar uma marcha, mas com um andamento vivace

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Funaná maxixi

O nome desta variante provavelmente vem do género musical maxixe que outrora esteve em voga em Cabo Verde. É uma variante parecida com a anterior, mas com um andamento allegro.

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Funaná samba

Apesar do nome, esta variante não tem nenhuma relação com o género brasileiro samba actual. Parece tratar-se de uma adaptação do lundum às técnicas do acordeão. O andamento é mais lento6 (andante) e o ritmo é diferente das outras variantes do funaná, é bastante similar à toada.

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Funaná morna

Praticamente não é conhecido por este nome, é mais conhecido por como funaná lento. Parece tratar-se de uma adaptação da morna às técnicas do acordeão, com um andamento andante. Enquanto que, durante muito tempo, foi a morna (badju di viulinu) que gozou de prestígio em ambientes urbanos e salas nobres, em ambientes rurais desenvolveu-se, em contraposição, uma variante mais lenta do funaná (badju di gaita). Curiosamente, esta variante tem o mesmo andamento que a morna da Boa Vista e não da morna da Brava.

Cantora de Morna 

 

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Batuke

batuque (batuku ou batuke em crioulo cabo-verdiano) é um género musicale de dança de Cabo Verde

 

 

História

O batuque é provavelmente o género musical mais antigo de Cabo Verde, mas só há registos escritos acerca do batuque a partir do século XIX. Presentemente só se encontra na ilha de Santiago, e é no Tarrafal onde se vive com mais intensidade este género musical. Todavia, há indícios que já existiu em todas as ilhas de Cabo Verde.

Segundo Carlos Gonçalves , o batuque não seria um género musical transposto do continente africano. Seria a adaptação de alguma dança africana (qual?) que depois teria desenvolvido características próprias em Cabo Verde.

O batuque sempre foi hostilizado pela administração portuguesa, por ser considerado «africano», e pela Igreja, mas foi durante a política do Estado Novo que essa perseguição foi mais forte

 

 

 

Como dança

Como dança, o batuque tradicional desenrola-se segundo um ritual preciso.

Numa sessão de batuque, um conjunto de intérpretes (quase sempre unicamente mulheres) organizam-se em círculo num cenário chamado terreru. Esse cenário não tem de ser um lugar específico, pode ser um quintal de uma casa ou no exterior, numa praça pública, por exemplo.

A peça musical começa com as executantes (que podem ou não ser simultaneamente batukaderas e kantaderas) desempenhando o primeiro movimento, enquanto que uma das executantes dirige-se para o interior do círculo para efectuar a dança. Neste primeiro movimento a dança é feita apenas com o oscilar do corpo, com o movimento alternado das pernas a marcar o tempo forte do ritmo.

No segundo movimento, enquanto as executantes interpretam o ritmo e o canto em uníssono, a executante que está a dançar muda a dança. Neste caso, a dança (chamada da ku torno) é feita com um requebrar das ancas, conseguido através de flexões rápidas dos joelhos, acompanhando o ritmo.

Quando a peça musical acaba, a executante que estava a dançar retira-se, outra vem substitui-la, e inicia-se uma nova peça musical. Estas interpretações podem arrastar-se por horas.

 

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Morna

morna é um género musical e de dança de Cabo Verde. Tradicionalmente tocada com instrumentos acústicos, a morna reflecte a realidade insular do povo de Cabo Verde, o romantismo intoxicante dos seus trovadores e o amor à terra (ter de partir e querer ficar).

Nos últimos anos, a morna foi levada a ser conhecida internacionalmente por vários artistas, nomeadamente em França e nosEstados Unidos , sendo a mais famosa Cesária Évora

 

História

A história da morna pode ser dividida em vários períodos, nem sempre reunindo o consenso entre estudiosos:

 

1.º período: as origens

Não se sabe ao certo quando e onde surgiu a morna. A tradição oral tem como dado assente que a morna surgiu na ilha Boa Vista, no séc. XVIII, mas não existem registros musicológicos a corroborar isso. Mas a afirmação de Alves dos Reisque durante o séc. XIX, com invasão de Polcas , mazurcas, galopes,contradança e outros géneros musicais em Cabo Verde, a morna não se deixou influenciar, deixa entender que já nessa altura a morna era uma forma musical adulta e acabada.

 

2.º período: Eugénio Tavare

No início do séc. XX, o poeta Eugénio Tavares foi um dos principais responsáveis por conferir à morna o carácter romântico que ela tem até hoje. Nailha Brava a morna transformou-se, adquirindo um andamento mais lento que a morna da Boa Vista, e a poesia tornou-se lírica com os temas a incidir sobretudo no amor e em sentimentos provocados por esse mesmo amor.

 

3.º período: B. Leza

Nos anos 30 e 40 a morna adquiriu características especiais em São Vicente. O estilo bravense era muito apreciado e cultivado em todo Cabo Verde nessa altura (há relatos de E. Tavares ter sido recebido em apoteose na ilha de S. Vicente, e os próprios compositores de Barlavento escreviam em crioulo de Sotaventoprovavelmente porque a manutenção das vogais átonas nos crioulos de Sotavento conferiam maior musicalidade). Mas características peculiares de S. Vicente, como o cosmopolitismo e a facilidade de ingerência de influências estrangeiras, trouxeram enriquecimentos à morna.

 

4.º período: anos 50 a 7

Neste período, um novo género musical, a Coladeira , atinge a sua maturidade, e muitos compositores experimentam essa novidade.De modo que, os anos 50 a 70 não trouxeram grandes inovações em termos de técnicas musicais para a morna, com os compositores compondo na senda de E. Tavares e B. Leza

 

5.º período: os anos mais recentes

Os compositores mais recentes aproveitaram-se de maiores liberdades artísticas para conferir à morna características pouco habituais. As mornas mais recentes nem sempre seguem o esquema de ciclo de quintas, há uma grande liberdade na sequência de acordes, as estrofes musicais nem sempre têm um número rígido de versos, na melodia as reminiscências do lundum praticamente desapareceram, e alguns compositores tentam a fusão da morna com outros géneros musicais

 

A morna da Boa Vista

A morna da Boa Vista é a variante mais antiga da morna. Caracteriza-se por ter um andamento mais rápido (andante, ± 96 bpm) e um estilo rubato, por ser estruturalmente mais simples, e por os temas abordarem frequentemente situações jocosas, sátiras ou críticas sociais. A acentuação melódica é muito parecida com o lundum.

 

A morna da Brava

A morna da Brava está na origem da variante da morna mais conhecida hoje em dia. Para além de ter um andamento mais lento que a morna da Boa Vista (andamento lento, ± 60 bpm), possui características típicas do Romantismo, como o uso de rimas na poesia, um lirismo acentuado e uma métrica mais rígida. O estilo bravense ainda é bastante cultivado por compositores da Brava e do Fogo.

 

A morna de São Vicente

 

A morna de São Vicente é um sucedâneo da morna da Brava. Ambas possuem o mesmo andamento, mas na morna de São Vicente as sequências de acordes foram enriquecidas com os acordes de passagem. A temática também foi alargada, não incluindo apenas temas românticos, e a poesia não é tão rígida nem faz tanto uso das rimas como na morna bravense.

A partir da morna de S. Vicente, assiste-sepor parte de compositores recentes mais criativos a outras variantes da morna que ainda não estão sistematizadas.